Chegou a NEWS #36 DO COMIDA! Vem conferir a nossa curadoria de conteúdos sobre sistemas alimentares, dicas de conteúdos e uma receita especial com banana
Na sexta edição de 2024 trazemos nossa curadoria especial de conteúdos sobre o universo dos sistemas alimentares e um compilado das nossas atividades referente ao mês de junho. Boa leitura! 🌱
📰 O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
COMIDA E CIDADES
O relatório Global Food Policy Report 2024: Food Systems for Healthy Diets and Nutrition (Relatório Política Alimentar Global 2024: Sistemas Alimentares para Dietas e Nutrição Saudável) foi produzido pelo International Food Policy Research Institute (IFPRI).
O Relatório baseia-se em evidências recentes para examinar o papel dos sistemas alimentares na condução dos resultados nutricionais e as oportunidades de transformação dos sistemas alimentares para garantir dietas saudáveis para todos. Os capítulos escritos por pesquisadores e parceiros do IFPRI avaliam formas comprovadas e inovadoras de melhorar de forma sustentável a qualidade da dieta e reduzir a desnutrição, incluindo maneiras de tornar as dietas saudáveis mais baratas, acessíveis e desejáveis, como melhorar os ambientes alimentares, o papel das culturas agrícolas e dos alimentos de origem animal e a governança para melhores dietas e nutrição, todos com foco principal nas populações mais vulneráveis em países de baixa e média renda. Em cada capítulo são explorados os diversos desafios que os países enfrentam e possíveis respostas políticas promissoras para transformar os sistemas alimentares em dietas saudáveis e sustentáveis.
Acesse o relatório aqui.
COMIDA E CLIMA
O Observatório do Clima e a CONTAG com apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Porticus lançaram a cartilha intitulada Será que vai chover? É a tal da mudança climática? que apresenta de forma didática e acessível a importância da agricultura familiar na produção de alimentos no Brasil, mas também os impactos das mudanças climáticas na agricultura familiar e como esta é parte da solução à crise do clima.
A Cartilha é parte do projeto “Será que Vai Chover?” que visa mostrar como as mudanças climáticas impactam a vida dos agricultores e agricultoras familiares, responsáveis por grande parte da produção de alimentos do Brasil e como as práticas sustentáveis da agricultura familiar, como a agroecologia, são fundamentais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agricultura.
A plataforma e a cartilha podem ser acessadas aqui.
COMIDA E CULTURA
A publicação Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul organizado pela Fundação Rosa Luxemburgo foi construída de forma participativa em parceria com movimentos populares do campo e da cidade, ONGs e especialistas e, discute as causas da crise alimentar na região, vinculando a fome ao sistema alimentar caracterizado pelo agronegócio. Além do diagnóstico da situação, o livro apresenta práticas e alternativas que apontam para outras formas de uso da terra, de produção e circulação de alimentos, impulsionadas por um modelo baseado na cultura local e na agroecologia. Um dos destaques são as ações de movimentos populares que durante a pandemia desenvolveram campanhas de solidariedade que contribuíram para alimentar a população principalmente nas grandes cidades, seja em distribuição de alimentos gratuitos ou nas cozinhas populares e solidárias.
As experiências destacadas no Atlas não só ressaltam a importância da soberania alimentar e do respeito às diferentes práticas culturais, mas elencam uma série de políticas públicas que buscam garantir o direito humano à alimentação adequada.
O atlas pode ser acessado na íntegra aqui.
🤝O QUE ANDAMOS FAZENDO
Lançamos a página “G20 e os sistemas alimentares” produzido pelo Instituto Comida do Amanhã em parceria com a Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares. No site você pode explorar com mais detalhes em quais trilhas, grupos de engajamento, e forças-tarefas o tema dos sistemas alimentares estão presentes nas negociações do G20. Em 2024, com a escolha da presidência brasileira em focar na redução da fome, da pobreza e da desigualdade, e focar no desenvolvimento socioambiental e transição ecológica justa e inclusiva, vislumbra-se um momento muito oportuno para questionar o papel do grupo na construção de sistemas alimentares saudáveis, justos e sustentáveis.
No dia 3 de junho foi lançado o 1º Plano de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade do Rio de Janeiro. O Comida do Amanhã, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), realizou um estudo sobre a governança inclusiva dos sistemas alimentares urbanos cariocas a partir do recorte quilombola, os desafios enfrentados por esses povos e oportunidades para fortalecer a sua participação nas políticas alimentares locais.
Aconteceu dos dias 4 a 7 de junho o evento “Cultivating Change Gathering to scale and accelerate regenerative and agroecological food systems transformations”, em Arusha, na Tanzânia, país que lançou recentemente sua Estratégia Nacional de Agricultura Orgânica e Ecológica. O evento foi organizado pela Global Alliance for the Future of Food, como resultado do trabalho que vem desenvolvendo para catalisar investimentos na aceleração da transformação agroecológica da produção de alimentos no mundo. O evento contou com mais de 70 líderes de todo o globo e a Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, esteve presente para visitar iniciativas agroecológicas em Arusha, e trocar experiências com representantes de organismos internacionais de fomento, instituições filantrópicas internacionais, governos nacionais da África Oriental, e organizações de atuação no campo de sistemas alimentares de diversas partes do mundo, em especial da África Oriental, Índia, e EUA.
No dia 6 de junho aconteceu no Rio de Janeiro o evento “Estratégias para o fortalecimento de alimentação saudável nas cidades”, que marcou o lançamento e apresentação de iniciativas e experiências ligadas à promoção de sistemas alimentares mais saudáveis e resilientes.
Estavam presentes autoridades e equipes de trabalho dos governos nacionais e subnacionais do Brasil, com representantes das cidades de Belo Horizonte, Santarém, João Pessoa, Recife e Curitiba, e de outros países, como Peru e Colômbia, equipes da agenda de cooperação internacional, academia e sociedade civil. Pelo Comida do Amanhã, participou a Mónica Guerra e a Francine Xavier, diretoras do Instituto.
O evento foi realizado pelo Instituto Comida do Amanhã, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério das Cidades e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Aconteceu no dia 11 de junho a 11ª Oficina Técnica do Ciclo de Diálogos Federativos do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) com foco na elaboração dos Planos Municipais de Segurança Alimentar e Nutricionais, de forma virtual. A oficina reuniu mais de mil representantes de prefeituras, especialmente de Câmaras Intersetoriais - Municipais e Estaduais - de Segurança Alimentar e Nutricional) e de Conselhos - Municipais e Estaduais - de Segurança Alimentar e Nutricional e a Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, palestrou sobre a importância dos Planos de SAN no contexto de avançar com sistemas alimentares mais saudáveis, justos e sustentáveis, e sobre a metodologia de construção participativa destes planos.
No dia 12 de junho aconteceu de forma virtual o debate “G20 e a monotonia dos sistemas agroalimentares”, que, dando seguimento ao evento anterior, realizado em maio, trouxe outras perspectivas sobre os desafios encarados atualmente na agricultura e na alimentação, especialmente a domesticação de culturas e a baixa diversificação de dietas, e mais soluções a partir do Sul Global para superar a monotonia. O encontro faz parte de uma tríade de seminários (o terceiro a se realizar em setembro) para influenciar a tomada de decisões no G20 deste ano. A organização do evento foi da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares, em parceria com o Instituto Comida do Amanhã a Embrapa, o CEBRAP Sustentabilidade, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o INCT - Combate à Fome e o Instituto Fome Zero.
No período de 18 a 21 de junho aconteceu o Congresso Mundial da rede ICLEI, este ano realizado no Brasil na cidade de São Paulo. No segundo dia de evento, a Juliana Tângari, diretora do CdA, participou da sessão: "Transforming local food systems for global impact" do painel “Governança Inclusiva”, sobre os benefícios das soluções locais no enfrentamento dos desafios globais para alcançar sistemas alimentares mais sustentáveis e resilientes. Juliana falou sobre a experiência do LUPPA e modelos de governança de políticas alimentares praticados no Brasil que podem servir de inspiração para o mundo.
No dia 24 de junho, Juliana Tângari, diretora do CdA, participou do webinário Conversas Potentes: SUAS e a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). O evento aconteceu de forma virtual e a Juliana falou um pouco sobre a estruturação de políticas alimentares nas cidades e a necessidade de coerência e governança intersetorial, e fez um panorama sobre as políticas públicas para garantir o direito à alimentação no âmbito municipal. O evento completo está disponível no canal do Youtube do SUAS Conversas.
Assista abaixo:
No dia 25 de junho aconteceu o ciclo de debates “O quintal que habitamos” de forma híbrida no Rio de Janeiro, organizado pelo Grupo de Pesquisa ProLugar/Sistema de Espaços Livres (SEL-RJ) do Programa de Pós-graduação em Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da UFRJ. A diretora do Comida do Amanhã, Juliana Tângari, foi palestrante do evento e falou um pouco sobre o Instituto, as experiências com as cidades do LUPPA e a importância de pensar as interseções entre sistemas alimentares e o planejamento urbano.
No dia 27 de junho aconteceu a 3ª Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A plenária foi o momento onde os Conselheiros apresentaram as propostas desenvolvidas no último período ao Presidente da República, dentre elas propostas feitas pelo GT de Combate à Fome, ao qual Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, foi convidada a participar como especialista convidada.
🖊️CONTEÚDOS DO MÊS
Na matéria “Jardins comestíveis: cidade transforma praças em canteiros que produzem ‘comida de verdade’” produzida pelo o Estadão, a Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, falou sobre a importância das hortas urbanas virarem política pública, construída em parceria com a sociedade civil, e com metas claras, equipe dedicada, garantia de orçamento, transparência e formas de monitoramento.
No artigo “Agroecologia urbana e sistemas alimentares circulares: A peleja de uma política em construção contra o dragão da fome no Brasil”, o arquiteto e urbanista Alexandre Ramos explica sobre a agroecologia urbana, os desafios e estratégias na produção agrícola nas cidades, e a importância dos sistemas alimentares circulares.
Nesse mês, apresentamos um panorama dos sistemas alimentares de alguns municípios brasileiros em uma série de conteúdos publicados duas vezes por semana nas nossas redes. Os dados são baseados no Mapa LUPPA, um mapa interativo que contém todas as cidades que integram o LUPPA, e os dados incluem informações sobre a agricultura local, a resiliência climática, a governança municipal e mais.
✍️ATUALIZAÇÕES DA EQUIPE
A co-fundadora do Comida do Amanhã, Mónica Guerra, agora integra o grupo de pesquisa em sociologia das práticas alimentares (SOPAS) da UFRGS como pesquisadora convidada. Mónica é arquiteta pela Universidade do Porto, mestre em planejamento e gestão urbana pela Universidade de Aalborg, doutoranda em Cidades e Culturas Urbanas pelo Centro de Estudos Sociais / Universidade de Coimbra com a tese "Comida e Urbanidades: a produção das paisagens alimentares urbanas - o Rio de Janeiro".
Saiba mais sobre o SOPAS em: https://www.ufrgs-sopas.com/
🔜 O QUE ESTÁ POR VIR
No dia 01 e 02 de julho acontece o “C20 Brazil Midterm Meeting” na Casa Firjan, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Esta reunião representa o momento culminante dos esforços de coordenação política da sociedade civil global como parte da sua estratégia para influenciar o G20. Na oportunidade, Juliana Tângari, participará representando o Instituto Comida do Amanhã.
💡 DICA DO MÊS
O ebook “Xepa: Favela, Comida e Sustentabilidade” reúne receitas compartilhadas e aborda sobre temas necessários para refletir sobre alimentação e sustentabilidade nas favelas, abordando pautas importantes como: memória afetiva gerada pelas receitas de famílias, saberes ancestrais da terra para a produção de alimentos agroecológicos, como melhorar a alimentação das crianças, culinária afro brasileira e o sagrado na cozinha, caminhos alternativos possíveis a partir de uma dieta à base de plantas e, por fim as práticas alimentares promovidas do corre de quem luta contra a fome.
🍴RECEITA DO MÊS
Cuca de banana
Para a cobertura:
INGREDIENTES
6 bananas-nanicas maduras
¾ de xícara (chá) de açúcar
¾ de xícara (chá) de farinha de trigo
50 g de manteiga gelada
1 colher (chá) de canela em pó
MODO DE PREPARO
Preaqueça o forno a 180 ºC (temperatura média).
Numa tigela média, misture a farinha, o açúcar e a canela. Corte a manteiga em cubos e misture com as pontas dos dedos, até formar uma farofa.
Descasque e fatie a banana em rodelas de 1 cm. Reserve.
Para massa e montagem
INGREDIENTES
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1½ xícara (chá) de açúcar
3 ovos
50 g de manteiga em temperatura ambiente (cerca de 3 colheres (sopa))
¾ de xícara (chá) de leite
1 colher (sopa) de fermento em pó
manteiga e farinha de trigo para untar e polvilhar a assadeira
MODO DE PREPARO
Unte com manteiga uma assadeira retangular de 32 cm X 22 cm. Polvilhe com farinha, chacoalhe bem para espalhar e bata sobre a pia para retirar o excesso.
Na tigela da batedeira, coloque a manteiga e o açúcar. Se a manteiga não estiver em temperatura ambiente, leve ao micro-ondas para rodar por 15 segundos para ficar no ponto pomada. Comece batendo na velocidade baixa e aumente gradualmente – assim evita que o açúcar espirre para fora da batedeira. Bata por 2 minutos até formar uma farofa úmida.
Numa tigela pequena, quebre um ovo de cada vez e junte à mistura de manteiga com açúcar, batendo a cada adição para incorporar. Bata por mais 2 minutos até formar um creme claro – se necessário, pare de bater e raspe a lateral da tigela com uma espátula.
Diminua a velocidade da batedeira e adicione a farinha em 3 etapas, intercalando com o leite – termine com a farinha para evitar que a massa fique com aspecto talhado. Bata a cada adição apenas para incorporar os ingredientes – novamente, caso precise, pare de bater e raspe a lateral da tigela com a espátula durante o processo.
Desencaixe a tigela da batedeira, acrescente o fermento e misture delicadamente com a espátula. Transfira a massa para a assadeira e nivele bem. Distribua as rodelas de banana sobre a massa, uma ao lado da outra sem sobrepor.
Para cobrir, amasse pequenas quantidades de farofa com as mãos e disponha sobre a cuca. Repita até cobrir tudo. Quanto mais irregular ficar a cobertura, com partes mais esfareladas e porções mais firmes, mais crocante a cuca fica.
Leve ao forno para assar por cerca de 40 minutos ou até o bolo crescer e a farofa dourar. Atenção: nessa receita o teste do palito não funciona, pois pode sair molhado por conta da banana. Retire a cuca do forno e deixe esfriar completamente antes de servir – a farofa fica mais crocante depois de fria. UNIRIO e Fundação Heinrich Böll Brasil, disponível aqui.
Fonte: https://panelinha.com.br/receita/cuca-de-banana
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