Chegou a NEWS #38 DO COMIDA! Vem conferir a nossa curadoria de conteúdos sobre sistemas alimentares, dicas de conteúdos e uma receita especial com a batata baroa
Na oitava edição de 2024 trazemos nossa curadoria especial de conteúdos sobre o universo dos sistemas alimentares e um compilado das nossas atividades referente ao mês de agosto. Boa leitura! 🌱
📰 O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
COMIDA E CIDADES
O livro Hortas Comunitárias Urbanas: promovendo a saúde e a segurança alimentar e nutricional nas cidades foi publicado pelo Instituto de Saúde do Estado de São Paulo e organizado por três pesquisadoras: Mariana Tarricone Garcia, Cláudia Maria Bógus e Denise Eugenia Pereira Coelho. Busca apoiar pesquisadores e profissionais, contribuindo para a qualificação do uso das hortas como estratégia eficaz na promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional nas cidades, tendo como ponto central as hortas urbanas como uma inovação integradora da alimentação adequada e saudável, da segurança alimentar e nutricional e da promoção da saúde.
O livro é composto por 21 artigos distribuídos em quatro partes: I) Fundamentos teóricos dos campos da Promoção da Saúde, da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e da Agroecologia; II) Sistemas e ambientes alimentares no contexto urbano; III) A agricultura urbana e suas articulações com agendas contemporâneas e políticas públicas; e IV) Relatos de experiências em horas urbanas.
COMIDA E CLIMA
Em geral, nesta primeira parte da nossa newsletters buscamos apresentar relatórios e conteúdos mais recentes e relevantes para os debates da agenda alimentar. Especificamente neste mês escolhemos trazer em Comida e Clima dois conteúdos que podem ajudar na compreensão da atual conjuntura brasileira de ampliação das queimadas em diferentes Estados e contextos.
O primeiro deles é no novo relatório do MapBiomas - Mapeamento anual de cobertura e uso da terra no Brasil de 1985 a 2023, que apresenta dados da perda histórica de áreas naturais no Brasil, que até 1985 totalizava 20% do território e dos 39 anos seguintes (1985-2023) avançou para outros 13% do território (110 milhões de hectares), totalizando em 2023 a marca de 33%, sendo que metade desse total (55 milhões de hectares) ocorreu na Amazônia. A questão principal que gostaríamos de destacar é que a extensão e rapidez da mudança da cobertura e uso da terra são alguns dos fatores que elevam o risco climático do Brasil e consequentemente todos os aspectos relacionados a sistemas alimentares.
O segundo conteúdo é Glossário intitulado Sistema agroalimentar brasileiro e mudanças climáticas, publicado pelo Nexo Políticas Públicas e desenvolvido por pesquisadoras da Cátedra Josué de Castro. Nele é possível encontrar uma explicação breve e direta para diversos termos técnicos utilizados quando falamos de mudanças climáticas e sistemas alimentares.
COMIDA E CULTURA
Lançado em 2024 pelo Massachusetts Institute of Technology o livro Transforming School Food Politics around the World (Transformando a política de alimentação escolar em todo o mundo) faz parte da série Food, health, and the environment (Alimentação, saúde e meio ambiente). A publicação conta com edição de Jennifer E.Gaddis e Sarah A. Robert, além de um prefácio da autora feminista Silvia Federici e é constituída por quatro principais seções nas quais são apresentados diferentes casos inovadores ao redor do mundo no que concerne à alimentação escolar., a saber: i) O poder e o potencial dos programas nacionais de merenda escolar; ii) Reivindicando espaço para as vozes dos jovens e dos trabalhadores; iii) Lutando por economias justas de alimentação escolar; iv) Ferramentas e campanhas para mudança de sistemas.
O principal objetivo apresentado no livro é a transformação no modo como as refeições escolares são concebidas e implementadas, promovendo uma mudança de paradigma que coloque a saúde e o bem-estar dos alunos em primeiro lugar. Entre as inovações propostas, destacam-se a incorporação de alimentos locais e sustentáveis nas refeições escolares e a implementação de programas educacionais que ensinem às crianças a importância de uma alimentação saudável. Não se pode deixar de mencionar o forte enfoque na necessidade de políticas inclusivas e equitativas.
Federici finaliza o prefácio nos lembrando de algo que deve de fato ser lembrado: “O alimento e o amor são o que une as pessoas, portanto, não devemos nos esquecer da importância das crianças comerem juntas.”
🤝O QUE ANDAMOS FAZENDO
Durante o mês de agosto aconteceu a “V Escola de Inverno GEPAD”, realizada pela GEPAD em parceria com o Instituto Fome Zero e o Comida do Amanhã. No dia 5, as diretoras do Comida do Amanhã, Francine Xavier e Juliana Tângari, realizaram a aula inaugural sobre “Alimentação nas cidades: por que esse tema?”.
Já no dia 19 a aula foi sobre “Ambientes e paisagens alimentares nas cidades”, com a participação da co-fundadora do Comida do Amanhã, Mónica Guerra.
No dia 16 de agosto, a Francine Xavier, diretora do Comida do Amanhã, participou do Festival Rio Gastronomia. Ela ministrou a aula “Sustentabilidade no prato”, realizada em colaboração com Regina Tchelly, idealizadora do Favela Orgânica.
Dos dias 19 a 21 de agosto aconteceu o XVII Seminário Alianças Estratégicas para Promoção da Saúde, promovido pela ACT - Promoção da Saúde. A Thais Barreto, diretora do Comida do Amanhã, e Tárzia Medeiros, assessora para políticas públicas do Comida do Amanhã, participaram do evento realizado no Senado Federal.
A atividade possibilitou um diálogo com senadores e assessores para pautar a importância de fazer uma reforma tributária 3S: saudável, solidária e sustentável, com a inserção de ultraprocessados no imposto seletivo. As pautas agora serão debatidas no Plenário do Senado e depois seguirão para aprovação ou não. Veja mais nas redes do CdA.
Foi publicado o artigo “Paisagens alimentares urbanas – uma possibilidade de leitura das urbanidades contemporâneas” na edição deste mês da revista Contribuiciones a las Ciencias Sociales, escrito pela Mónica Guerra, co-fundadora do Comida do Amanhã. O artigo fala sobre paisagens alimentares urbanas e novas possibilidades de ler espaços, tempos e sociabilidades.
A Tárzia Medeiros, assessora de políticas públicas do Comida do Amanhã, foi entrevistada para a matéria "Você sabe o que os municípios podem fazer pela alimentação?", do O Joio e o Trigo. O texto dá um cenário das políticas alimentares nos municípios brasileiros e explica algumas propostas que podem ser incluídas nos planos de governança municipais para promover uma alimentação mais saudável e sustentável.
O artigo “G20 no enfrentamento à monotonia dos sistemas agroalimentares”, que conta com a autoria da Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã; Roberta Curan, coordenadora de Produção de Conhecimento do CdA; Fernanda Marrocos-Leite e Nadine Nunes-Galbes, da Cátedra Josué de Castro; e Laís Amaral, do Idec, foi publicado no Boletim Integrativo Alimentação, Saúde e Meio Ambiente, do grupo Veg.A.N. O artigo apresenta um panorama do debate sobre sistemas agroalimentares no G20, com destaque para as oportunidades da presidência brasileira na Cúpula dos Líderes de 2024.
Na coluno do Nexo Políticas Públicas deste mês foi publicada a linha do tempo “Compras públicas de alimentos e o fomento à agricultura familiar no Brasil” produzido pela equipe do Comida do Amanhã: Juliana Tângari, diretora; Roberta Curan, coordenadora de produção de conhecimento; e Lucas Miranda, estagiário da equipe de pesquisa, que demonstra como as compras públicas podem ser usadas como um instrumento de fomento para a Agricultura Familiar no Brasil.
A linha do tempo não só destaca o progresso feito até agora, mas também serve como uma chamada para ações futuras, mostrando o potencial ainda inexplorado de utilizar as compras públicas como um instrumento de fomento robusto para a Agricultura Familiar no Brasil, num modelo de ação governamental e intervenção de mercado considerado boa prática, tanto pela FAO (Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) quanto pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
🖊️CONTEÚDOS DO MÊS
O Relatório Luz é um documento elaborado anualmente pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030/GTSC A2030). O material analisa a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil e mostra o que o país precisa fazer para cumprir o compromisso que assumiu junto à ONU de alcançar as metas globais até 2030.
Confira alguns dados sobre o desperdício de alimentos em nível global com o Relatório Food Waste Index (Índice de Desperdício de Alimentos) 2024, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O material apresenta uma análise sobre o desperdício com dados atualizados sobre a quantidade de alimentos desperdiçados e suas implicações econômicas, sociais e ambientais.
✍️ATUALIZAÇÕES DA EQUIPE
A equipe do Comida do Amanhã cresceu! São 14 novas pessoas chegando ao nosso time para dar suporte à implementação do projeto Alimenta Cidades. A apresentação dos novos rostos será feita aqui na news ao longo das próximas edições. Conheça alguns deles:
Elizabeth Affonso é Gerente de Projetos do Comida do Amanhã. Mestre em Governo e Administração Pública pela Universidade Complutense de Madrid e doutoranda no programa de Ciências Políticas, Administração e Relações Internacionais na mesma instituição. Trabalha com gestão pública, desenvolvimento sustentável e cooperação nacional e internacional desde 2002. Sua comida preferida é feijoada 🫘
Alexandre Ramos é Gerente de projetos do Comida do Amanhã. Ele é Mestre em Tecnologia Ambiental, Especialista em Gestão de Recursos Hídricos e Arquiteto e Urbanista. Foi Gerente da Secretaria Executiva de Agricultura Urbana do Recife, Gerente Geral de Sustentabilidade do Recife e Gerente de Planejamento, Orçamento e Gestão do Prorural Pernambuco, Assessor de Conservação da Biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco e servidor da Agência Pernambucana de Águas e Clima. É Presidente do Conselho da Associação Águas do Nordeste. Sua comida preferida é cuscuz 🌽
Barbara Valiati é Analista de Políticas Públicas do Comida do Amanhã. Nutricionista e mestre em nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo, com 8 nos de experiência com a Politica Nacional de Alimentação Escolar. Sua combinação preferida é bolo de fubá com um cafezinho 🥮☕
Lázaro Reis é Analista de Políticas Públicas do Comida do Amanhã. É advogado, mestre em desenvolvimento regional e meio ambiente e doutorando em ciências ambientais. Pesquisa participação e controle social na gestão das águas e seus impactos no desenvolvimento regional. Possui experiência em gestão pública, com atuação em conselhos de direitos e gestão de políticas públicas para agricultura familiar. Sua comida preferida é a fruta uvaia 🟡
🔜 O QUE ESTÁ POR VIR
No dia 04 de setembro, Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, participará do Fórum do Encontro Comunidade Gastromotiva no Rio de Janeiro. O evento vai promover um intercâmbio e o fortalecimento de lideranças comunitárias e empreendedores sociais do Brasil e México, para evidenciar a capacidade que as cozinhas têm de transformar e desenvolver territórios.
No dia 10 de setembro às 11h30, Roberta Curan, coordenadora de produção de conhecimento do Comida do Amanhã, participará Festival Nexo - 10 anos do Guia Alimentar na mesa “Dez anos do Guia Alimentar - o que está em jogo”. O evento será transmitido pelo canal do youtube do Nexo.
Entre os dias 9 a 11 de setembro, a Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, participará do Urban Agrifood Systems Global Workshop, organizado FAO e do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, em Roma. O evento tem o objetivo de reunir lideranças para trabalhar em prol do impacto coletivo e na co-elaboração de um roteiro para avançar nos sistemas alimentares urbanos nos próximos 5 anos.
No dia 26 de setembro às 10h, Francine Xavier, diretora do Comida do Amanhã, participará do II Congresso Internacional de Educação e Inovação da Unimontes na mesa “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados à alimentação e à construção de utopias para cidades sustentáveis”.
💡 DICAS DO MÊS
No livro "Banzeiro Òkòtó: uma viagem à Amazônia Centro do Mundo" (Companhia das Letras, 2021), a jornalista e escritora Eliane Brum faz um mergulho nas múltiplas realidades da maior floresta tropical do planeta. Na produção, Brum denuncia a escalada da devastação da floresta amazônica e reflete sobre o impacto das ações da minoria dominante, que levaram o mundo ao colapso climático.
🍴RECEITA DO MÊS
Coxinha de batata baroa com carne de jaca
INGREDIENTES
Massa:
2 xícaras de batata baroa cozida amassada
4 colheres de sopa de azeite
1/2 xícara da água de cozimento da batata
1 xícara de farinha de arroz
1 dente de alho
1/4 de cebola picada
sal
Recheio:
2 xícaras de carne de jaca cozida
1 cebola média
1 dente de alho amassados
1 colher de sopa de urucum (colorau)
1/2 xícara de salsa picada
50 ml de azeite
sal
pimenta
Para empanar
1 xícara de farinha de milho
1 garrafa de óleo de girassol
MODO DE PREPARO
Recheio:
1. Numa panela média, refogue o alho e a cebola
2. Acrescente o colorau e a carne de jaca
3. Deixe cozinhar por 5 minutos e adicione o sal, a pimenta e a salsa.
4. Desligue o fogo e reserve.
Massa:
1. Numa panela média, refogue o alho e a cebola no azeite
2. Acrescente a batata baroa e a água do cozimento
3. Espere ferver e adicione a farinha de arroz
4. Siga mexendo até que massa descole do fundo da panela
5. Retire do fogo e deixe esfriar
6. Modele as coxinhas e recheie
7. Empane na farinha de milho
8. Frite no óleo de girassol
Fonte: https://belagil.com/conteudo/receitas-dia-a-dia/2018-3-12-coxinha-de-baroa-com-carne-de-jaca-1/
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